FUNCIONÁRIO DE BANCO SERÁ INDENIZADO POR AMEAÇA DE CLIENTE

FUNCIONÁRIO DE BANCO SERÁ INDENIZADO POR AMEAÇA DE CLIENTE

Um empregado de uma instituição financeira vai ser indenizado em R$ 20 mil por dano moral depois de adoecer e ter a capacidade de trabalho afetada, sendo afastado.

O problema de saúde começou quando ele passou a receber ameaças de um cliente da agência, inconformado por não ter conseguido aumento do limite de crédito. Em depoimento, o empregado contou que as intimidações partiam de um correntista da agência em que trabalhava, no município de Cabo Frio.

O cliente, um representante comercial, efetuava ligações para a casa do gerente e ainda costumava aparecer, numa postura de intimidação, na porta do colégio dos filhos do empregado.

De acordo com o autor da ação, ele passou a sofrer de síndrome do pânico e desenvolveu problemas cardíacos.

O juiz de 1º grau negou o pedido de indenização por entender que o banco não praticou nenhum ato ilícito, e que a segurança dos cidadãos compete ao Poder Público.

Mas a sentença foi reformada em 2a instância pois, segundo a desembargadora Mery Bucker Caminha – relatora do recurso ordinário do reclamante –, é dever do empregador zelar pela integridade física dos empregados. O que incluiria, neste caso, tomar as medidas necessárias para evitar que o bancário continuasse a sofrer ameaças e ainda dar assistência aos familiares.

A instituição bancária sugeriu ao funcionário transferência para outra agência, numa cidade próxima à capital fluminense, o que foi recusada por ele. Entretanto, segundo o TRT, a outra providência a ser tomada – prestação de assistência jurídica, psicológica e social ao empregado – não foi comprovada pelo banco, “demonstrando falta de zelo pela segurança do empregado, ainda de acordo com a relatora“.

A indenização arbitrada teve como objetivo o caráter pedagógico da penalização e a compensação da vítima pelo sofrimento ocorrido, evitando, ao mesmo tempo, a impunidade do ato lesivo e o enriquecimento ilícito, segundo a desembargadora.

Não é permitido essa ação